sábado

Brota entre as perdas
abre as pernas 
sob o céu azul

Cintila verde musgo
e derrama ramas 
do seu corpo nú

Abre sua vertente
mostra os dentes 

num sorriso crú

Disfarça um abraço
cruza os lábios
pede um beijo
ganha um tapa

Desabafa em sussuros
seu lamento grita:

- Pára!

Caminha num arame
chora sangue
num delírio vil

Escorrega entre braços
sufoca o seu laço
no vazio

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