segunda-feira

De lá até aqui foram-se minutos
pra não contarmos os segundos (sempre mais fartos que as horas)
Que me são fardos nas demoras
De não tropeçar, procuro sempre cair
Caído te vejo por baixo, o vestido sem vestir
Eu, sentado sem agir,
sem fingir que ontem nossa distância era a ponte
nossa permissão o pedágio pago na saudade
Na absurda vontade de vomitar os desejos
De cuspir medos,
eles todos em segredos arrotados
ao pé do ouvido (do seu)
Titi, tata...
Tantos que falam
me ensurdecem
o devir pensado em letras
Não temo, nem a dor
nem a exaustão
Um gole e um cigarro me deixam, me confortam
em braços que um dia queria teus

Para Betariz Provasi

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